A educação no Iluminismo: o ideal liberal da educação

 

Contexto histórico

As revoluções burguesas

 

Até o século XVIII a burguesia ocupou posição secundária na estrutura da sociedade aristocrata, os privilegiados eram a nobreza e o clero.

 

A burguesia havia enriquecido pelos resultados da Revolução Comercial, encontrava-se sobrecarregada por impostos e embora tenha ascendido economicamente pela aliança com a realeza absolutista, ressentia-se do mercantilismo.

 

A entrada da máquina a vapor nas fábricas, em 1750, marcou o início da Revolução Industrial, o que alterou definitivamente o panorama o panorama socioeconômico; logo, tornou-se inevitável que a burguesia, detentora do poder econômico não reivindicasse também o poder político.

 

No século XVIII explodiram as revoluções burguesas. As ideias liberais de Locke espalharam-se pela Europa e também pelo Novo Mundo.

O grande acontecimento europeu foi a Revolução Francesa (1789) que depôs contra os privilégios hereditários da nobreza, os burgueses defendiam os princípios de “igualdade, liberdade e fraternidade”.

 

As ideias iluministas

O Iluminismo é uma das importantes marcas do século XVIII, também conhecido como o Século das Luzes — o poder da razão humana de interpretar e reorganizar o mundo.

 

No século XVIII o indivíduo descobre-se confiante, não mais se contenta em contemplar a harmonia da natureza, mas quer conhecê-la e dominá-la.

 

Na economia — o liberalismo apresentava as aspirações da burguesia desejosa de gerenciar seus negócios, sem intervenção do Estado mercantilista.

 

Na política — as ideias liberais opunham-se ao absolutismo. Rousseau retoma a discussão de contrato social numa perspectiva menos elitista e mais democrática.

 

Na moral — buscavam-se formas laicas, que permitissem a naturalização do comportamento humano. Rousseau[1] propõe uma pedagogia baseada no retorno à natureza, a espontaneidade do sentimento.

 

Na religião — o deísmo é uma espécie de “religião natural” em que não haveria lugar para os dogmas e fanatismos. Os filósofos deístas não aceitavam a revelação divina nos rituais do culto, admitindo que Deus era apenas o Primeiro Motor, o Criador do Universo, o Supremo Relojeiro.

 

O despotismo esclarecido

O Iluminismo marcou presença em países como Rússia, Áustria e Portugal, nos quais permanecia o absolutismo, então chamado de despotismo esclarecido.

 

Alguns soberanos europeus aderiram às ideias iluministas propagadas pelos filósofos franceses. Por compactuarem com os novos ideais iluministas e por procurarem, através dele, promover reformas sociais e modernizar os seus Estados, tais soberanos absolutistas foram denominados déspotas esclarecidos.

 

Alguns desses despostas esclarecidos foram: Frederico II da Prússia; Catarina II da Rússia; Marquês de Pombal; Filipe V da Espanha e José II da Áustria.



[1]  Jean-Jacques Rousseau foi um importante filósofo, teórico político e escritor suíço. Nasceu em 28 de junho de 1712 na cidade de Genebra (Suíça) e morreu em 2 de julho de 1778 em Ermenoville (França). É considerado um dos principais filósofos do iluminismo, sendo que suas idéias influenciaram a Revolução Francesa (1789). 

 

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